Gioia Junior
Eram uns pés pequeninos,
róseos, alegres, divinos
a saltitar de alegria,
aqueles pés de criança
que, no dia da esperança
brincavam na estrebaria.
róseos, alegres, divinos
a saltitar de alegria,
aqueles pés de criança
que, no dia da esperança
brincavam na estrebaria.
Eram pés alvos e graves,
plúmeos, leves como as aves
que andam perdidas pelo ar;
aqueles pés delicados
lisos, brilhantes, molhados
pisando as ondas do mar.
plúmeos, leves como as aves
que andam perdidas pelo ar;
aqueles pés delicados
lisos, brilhantes, molhados
pisando as ondas do mar.
Pés, cuja pele morena
o pranto de Madalena
aromou em mil desvelos,
e que depois de minutos
foram beijados e enxutos
pelos seus longos cabelos…
o pranto de Madalena
aromou em mil desvelos,
e que depois de minutos
foram beijados e enxutos
pelos seus longos cabelos…
Eram pés lentos, cansados,
feridos e machucados
e lacerados de espinhos
aqueles pés expressivos,
sempre em marcha, sempre vivos
a conquistar os caminhos.
feridos e machucados
e lacerados de espinhos
aqueles pés expressivos,
sempre em marcha, sempre vivos
a conquistar os caminhos.
Eram pés magros e frios,
lilazes, mortos, sombrios,
“com a mensagem que o sangue traduz”
aqueles pés gotejantes
que, nos últimos instantes,
foram pregados na cruz.
lilazes, mortos, sombrios,
“com a mensagem que o sangue traduz”
aqueles pés gotejantes
que, nos últimos instantes,
foram pregados na cruz.
Eram pés claros, gloriosos,
aqueles pés poderosos
rompendo da morte o véu,
por nuvens acariciados
e por estrelas beijados
quando Ele subiu ao céu!
aqueles pés poderosos
rompendo da morte o véu,
por nuvens acariciados
e por estrelas beijados
quando Ele subiu ao céu!
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Maria Lopes.